27 outubro 2008

Olha Maria...

Olha aquela garota lá. É, aquela mesma, a de cabelos fofos, bem parecida comigo, um tantinho mais nova, mas bem pouco. Viu? Ótimo. Pois é, vamos apelidá-la de Maria.
Ela lê muito, sabe... também estuda muito, até demais. Gosta muito de Artes, mas não larga as Exatas por causa disso. Não, meu caro, não sou eu; parece né? Eu sei...
Sabe o que aconteceu com Maria? Ela está apaixonada, ou pelo menos estava, por alguém que mal conversa, ela está (chegue mais perto, isso é meio pessoal) apaixonada por um estranho. Esse ser não tem pretendentes, não tem problemas (aparentemente...), exceto por se mostrar um introvertido convicto. Ecco, io sò che ricorderia di quello ragazzo anche di quella situazione dell'anno scorso. Mas não é a mesma coisa, ela está indecisa sobre a ambigüidade dos atos de seu afeto, não desolada pela impossibilidade. Está bem, fui uma covarde de não me pronunciar, de me manter de cabeça abaixada e olhos marejados enquanto o tempo passava; mas olha a Maria, ela está se 'desapaixonando' do mesmo jeito que fiz: da forma mais amarga e medrosa. Ela está encolhida no canto, com o imaginário rabo fazendo uma perfeita espiral entre as pernas. Ahn..? Ah, d'accordo, io sarò meno rude con lei. Mas me deixa frustrada ver algo se repetir tão ridiculamente. Esse sentimento (na falta de uma palavra melhor) de Maria seria tão frágil a ponto de sucumbir ao pavor por receber um 'não'? Se for, Maria, admita a si mesma, causará menos dor e te tomará menos tempo.
(Corre, Maria
Que a vida não espera
É uma primavera
Não podes perder)
Mas se pensas que isso que lhe aparvalha o ritmo da vida não é tão ignóbil, arrisque e quem sabe, petiscará. Ficar de jejum te deixará com uma ligeira dor, mas bilhões de pessoas existem, uma delas irá te 'apetecer'. Não deixe-nos a fitar o des-enredo do ano passado, mudemos qualquer coisa.
Por favor, não corra o risco de ser o objeto deste trecho.
"...Anda, Maria
Pois eu só teria
A minha agonia
Pra te oferecer"

Um comentário:

m.regina disse...

Talvez um tapa na cara ajude, pelo menos era o que eu desejaria que alguém tivesse feito comigo. :D
Eu pensava – e talvez ainda pense - nas paixões como espinhos grandes e profundos, que dependendo de como for, talvez o modo mais lento e doloroso fosse, apesar de tudo... O mais seguro.
Enfim, sou uma covarde. ^^