26 fevereiro 2009

Giornalismo Caotico

Seis 'quem', seis 'o quê', seis 'onde', seis 'quando', infinitos porquês e quatro lances de d6.

Resultado
Chi: un barbone
Che: una protesta
Dove: per strada
Quando: ieri all'ora di pranzo
Perché: ?

__La protesta di ieri è stata probabilmente la più bizzarra di tutta la storia di nostro paese. Era un bel giorno di sole, perciò moltissime persone erano sulla spiaggia di San Franceso di Assisi. Secondo i testimoni, un gruppo di turisti, all'improvviso un vecchio barbone ha cominciato a urlare e sgambettare sul pavimento della strada (via Florale, vicino al faro) perché un ragazzo di questo gruppo ha buttato via sulla strada un sacco di confezioni alimentari aperte e non finite. La giapponese Koizumi Miyakashi, 24, ha dichiarato: "L'effetto di quelle urla si è sentito subito; era come se tutti gli abitanti fossero diventati attori cantanti di un Musical - loro hanno cominciato a cantare un inno ed a riunirsi nella via... Subito dopo tutti hanno cominciato a camminare, guidando la nostra escurzione fino a un grande terrapieno, ancora cantando quella canzione. La guida mi ha detto che la musica parlava della natura (...)".
__Sappiamo adesso che la canzione parlava de riciclaggio e della coscienza degli uomini per l'ambiente. Abbiamo anche informazione che sarebbe cominciata dopo quel pranzo una conferenza ambientale (gratuita) sulla cura della natura nelle città moderne, organizzata dalla Società Paceverde.
__Questa inusitata protesta ha scatenato alcune manifestazioni in diversi paesi del mondo. Che dire!

25 fevereiro 2009

isso nunca tinha acontecido.

...digo, nunca havia me dado conta (até ontem, ao fechar os olhos no escuro) de como a escuridão é estática.
ok, isso é óbvio.
I mean... deitada daquele jeito, eu podia até senti-lo do meu lado, no escuro, com o braço me servindo de travesseiro; podia ouvir sua respiração morna.
ou talvez eu simplesmente estivesse começando a dormir. ou a alucinar.
quiçá.

22 fevereiro 2009

bullets.

(...) não me diga que me ama
não me queira
não me afague
sentimento pegue-pague
emoção compre em tabletes
mastigue como um chiclete
e jogue fora na sarjeta
(quem vai querer comprar banana)
compre o ódio do futuro
cheque para trinta dias
nosso plano de seguro
cobre a sua carência
eu perdi o paraíso
mas ganhei inteligência
demência
felicidade
propriedade privada
não se prive
não se prove
don't tell me 'peace and love'
tome logo um engov pra curar sua ressaca
da modernidade
essa
armadilha matilha de cães raivosos e assustados
o presente não devolve o troco do passado
sofrimento não é amargura
tristeza não é pecado
lugar de ser feliz não é supermercado. (...)

17 fevereiro 2009

Um Conto a Quatro Mãos (XVI)

Hallellujah! For the Lord God omnipotent reigneth
The kingdom of this world is become the kingdom of our Lord,
And of His Christ, and He shall reign for ever and ever
King of kings, and Lord of lords. Hallellujah!
_

__Por ali andaram; por aqui passaram; por acolá se empoeiraram, e para adiante se encaminharam, com a galante bengala da Anfitrião a toque-tocar o chão.
Toc, toc.
__
Monami permaneceu na guarda-reta, a raciocinar sobre toda aquela situação; mas algo não parecia funcionar – seu leviano corpo sofria uma pressão interintensa enquanto seus botões começavam a dizer-lhe algo que parecia fazer sentido, ele se sentia a ponto de fazer ‘poc’ e sumir dali –, e aparentemente era tão engraçado que a garota-Sarah em vão tentava esconder seu hi-hi-hiso, e isso o fazia explodir a bolha de sua reflexão (e implodia a in-pressão).

Toc, toc.
__Meinfreud começou a estranhar quando o grande amontoado de brinquedos quiquacarejantes deu espaço a uma escolta enfileirada de choldadinhos de sumbo, de baionetas na mão e canções gregorianas nos lábios rijos. Até então somente o ambiente havia mudado (já havia sido deserto, litoral, cidade, pântano) como se de repente fosse e fazendo-o acreditar que jamais teria sido de outra forma.
“Pa(toc)-ter(toc) no(toc)-os-ter
Qui(toc) es(toc) in cae(toc)-lis,
San(toc)-cti(toc)-fi-ce(toc)-tur(toc) no(toc)-mem(toc) tu(toc)-um...”
__E de improviso, ele não estava mais contornando uma plantação de arroz – ele nunca estivera em plantação de arroz coisíssima nenhuma, em lugar nenhum se não contornando aquela enorme catedral e entrando pelos corredores laterais.
__Meuamigo inchou.
__Haveria ele saído dali, por algum breve instante? A resposta parecia óbvia em sua mente inflada. Não. Era claro; ele jamais saíra dali.
__A luz tímida do alvorecer penetrava pelos belos vitrais de são Jorge cavalgando o santo dragão segurando uma fulgurante espada de fogo, sorrindo vitoriosamente para subjugar um batalhão de anjos aterrorizados que gaguejava Gloria in excelsis Deo. Um penetrante cheiro de sangue fresco estuprou suas narinas tão profissionalmente quanto um incenso de jasmins.
Toc, toc.

08 fevereiro 2009

boca chiusa.

__Uma música soava, a escorrer notas beliscadas de um violão virtual. A sensação, no entanto, era diversa. Era como se ela fosse um órgão (daqueles de centenas de tubos gélidos como seus pés e mãos) e em seu interior estivesse algo esticado, afinado e a ser beliscado por aqueles dedos - (que ela não se lembrava mais como pareciam quando os sentira) confundidos com o ambiente sem luz - e que toda aquela ressonância era pedalada pela tomada e despejava-se pelas efêmeras caixas de som.
__De como as vibrações iam parar naqueles buraquinhos palpitantes, era o mesmo mistério de sua infância, quando ela encarava aqueles imponentes canos de metal nas paredes sacrílegas e se punha a procurar as teclas, o banquinho, os pedais... sempre fora um esforço vão. E dentro dela ele continuava a dedilhá-la como se ela fosse um violão, e em sua cabeça ecoava seu murmúrio morno.

O que será que me dá, que me bole por dentro, será que me dá...

03 fevereiro 2009

The Drawing of the Three.

__"I make you want to puke."
__"That's affirmative."
__"Oh boy," Eddie said. "I love it. I'm sitting here in a little room and I've got nothing on but my underwear and there's seven guys around me with guns on their hips and make you want to puke? Man, you have got a problem."
__Eddie took a step toward him. The Customs guy held his ground for a moment, and then something in Eddie's eyes — a crazy color that seemed half-hazel, half-blue — made him step back against his will.
__"I'M NOT CARRYING!" Eddie roared. "QUIT NOW! JUST QUIT! LET ME ALONE!"

(...)

__As Eddie watched, one of the horrors reached up, lightning quick, and snared a sea-bird which happened to swoop; too close to the beach. The thing fell to the sand in two bloody, spraying chunks. The parts were covered by the shelled horrors even before they had stopped twitching. A single white feather drifted up. A claw snatched it down.
__Holy Christ, Eddie thought numbly. Look at those snappers.
__"Why do you keep looking back there?" the guy in charge had asked.
__"From time to time I need an antidote," Eddie said.
__"From what?"
__"Your face."

S. King