27 outubro 2007

Meus ombros, se precisar.
Meu olhar, se quiser ver.
Minhas mãos, se te perder.
Meu sorrir, se te faltar.

Minha mente, a te buscar.
Meus sonhos, a te cobrir.
Meu peito, a te seguir.
Minha alma, a te velar.

Meu choro, se te secar.
Minhas pernas, se quer ir.
Minha riso, se quiser vir.
Meus braços, se tropeçar.

Minha face, pra apertar.
Meu dedo, pr'em ti escrever
Meu colo, pra esqueçer
Meu canto, pra te ninar.

Se teu corpo todo não aguentar
O mundo a rodar e a vida a cerzir,
E, exausto, quiser fugir, cair...

Teras meu corpo todo, a te apoiar.

(28/09/2006) - Márcus Vinicius

2 comentários:

Jeff disse...

Já linkei teu blog ao meu! :) Valeu pelos comentários, Sib. Minha poesia tende a ser densa... mas eu realmente gostaria de deixá-la mais leve... quem sabe um dia chego a Quintana!!! A figura do "noturno" é do Goya e chama "nocturno" :) Beijos, jeff

Marcus Oliveira disse...

já faz um ano! o tempo corre muito, muito.
continua sendo verdade, em um sentido outro, claro, mas continua sendo verdade.
um beijo, le.