Era uma vez uma mãe
que assistia TV e tinha um filho em missão de paz.
Orgulhosa ela era
orgulhosa permaneceu quando um oficial bateu na sua porta
e com pompa fúnebre transmitiu-lhe seus pêsames.
Com lágrimas de orgulho foi ao enterro
com o rosto sobriamente radiante beijou a bandeira que cobria a madeira
- morreu pela pátria
dizia
na madrugada do dia dezesseis -
e parecia insensível à dor e à dúvida.
Até que um dia foi notificada
que o último pagamento do filho estava no quartel para ser retirado.
Qual foi o seu choque quando, ao chegar,
viu que o pagamento parava no dia quinze.
28 setembro 2013
22 setembro 2013
A todos os Atlas
Às vezes eu penso no Atlas
sozinho segurando o mundo
...ou segurando seu sozinho do mundo?
Sentiria ele a presença do mundo ao redor?
Ou seria ele só mais um dos que andam pelas ruas
carregando nas costas um mundo?
Qualquer sozinho
é um mundo de peso.
Qualquer mundo
é uma pena sozinho.
sozinho segurando o mundo
...ou segurando seu sozinho do mundo?
Sentiria ele a presença do mundo ao redor?
Ou seria ele só mais um dos que andam pelas ruas
carregando nas costas um mundo?
Qualquer sozinho
é um mundo de peso.
Qualquer mundo
é uma pena sozinho.
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19 setembro 2013
vivento
vi o vento
quando avoada ouvia você
falar sobre cousas loucas da vida
ele era mirrado, tímido e discreto
mas sorriu ao passar.
quando avoada ouvia você
falar sobre cousas loucas da vida
ele era mirrado, tímido e discreto
mas sorriu ao passar.
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Por mote