és maltrapilho
insanto estuprado
cujo altar jaz entre lixos e fedores;
foste esquecido pelos religiosos
agora veneradores de outros santos
e que correm atrás da vida impecável
(ainda que pestilenta e oca);
és venerado tão somente pelos in-sãos, abandonados pelas sarjetas
aos seus cuidados de enfermo.
És santo moderno
martirizado pelo câncer de suas células indiferentes
(não revoltosas, não subversivas - não lhes falte com respeito)
que lhe cruzam o corpo purulento em agoniante pressa,
buscando
coletando a mais nova deidade
para adicionar ao seu catálogo indivirtual.
29 agosto 2011
16 agosto 2011
inquinamento dei sensi
dessa mão que te esmaga o peito expulsa teu ar e só te concede arfadas barulhentas
dessa mão que te impõe medo de qualquer movimento novo e te conduz pelos mesmos descaminhos
dessa mão que te imerge no fedor rançoso deste aqui-agora
dessa mão não gostas. sufoca-te.
dessa mão tens repulsa. e dessa mão não escapas.
dessa mão que te impõe medo de qualquer movimento novo e te conduz pelos mesmos descaminhos
dessa mão que te imerge no fedor rançoso deste aqui-agora
dessa mão não gostas. sufoca-te.
dessa mão tens repulsa. e dessa mão não escapas.
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poesia..?
15 agosto 2011
-
liberdades estranhas
entranhas convulsivas
declarações corrosivas
- abrindo caminho por entre gengivas
que sangram -
que infectam e putrefazem
outrens.
entranhas convulsivas
declarações corrosivas
- abrindo caminho por entre gengivas
que sangram -
que infectam e putrefazem
outrens.