Convido-os a observarem uma escrita experimental a quatro mãos e dois cérebros. Aqui segue a continuação do texto que iniciado no blog 'Amortescimento' pelo ilustríssimo Tuma. Desfrutem se tiverem paciência ;)
Seguiremos com esse projeto indefinidamente, aqui e acolá, então, sorte aos navegantes!
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___(...) A coroa de espinhos do moço pregado mais adiante e o oceano de caquinhos bruxuleantes vítreos no jovem moço. O sofrimento palpável por cegos em comunhão entre seus semblantes inanimados, onde o silêncio emanava putrefato por entre as homofônicas colunas de blocos harmônicos perfeitamente pétreos. Haviam rasgos escarlates na carne branca-rosada tenra como a barriga de uma tartaruga filhote que se arrasta na lixa molhada de areia. Rasgos ferinos sorridentes sulcados naquela alvura resplandecente, cadavérica como o silêncio, eles se mexiam ao resfolegar suave do corpo caído (discípulos daquele tal de Lucifer? o pobre coitado que caiu primeiro e muito mais do que aquele ali, estatelado no interior úmido da casa de Deus).
___Passou-se um tempo, mal percebido pela catedral centenária indignada e ferida, muito menos pelos santos pintados e esculpidos que o quedado confundira com pessoas falantes que se aglomeravam ao seu redor feito leucócitos em volta de microrganismos invasores. Meros instantes trincados quebrados em segundos como aqueles caquinhos que floresceram ao redor do moço desmaiado. Após este tempo, os fragmentos translúcidos ondularam num sussurrar suave e o moço, aquele lá no meio daquela vidraçaiada toda, se mexeu resmungou xingou e sentou, chiando de dor por aqueles pedacinhos pontiagudos cutucarem seus glúteos magoados e humilhados com sádica determinação. E escorreu mais tempo até aquele infeliz resolver botar-se de pé e cambaleante torto rasgado e furado dar seus primeiros passos adiante - conceito muito relativo para alguém que mal enxerga por onde anda, com todo aquele sangue meio envidraçado cintilando no rosto. Ele, todavia, andou.
Um comentário:
Neeext: http://amortescimento.blogspot.com/2008/01/um-conto-de-duas-pessoas-iii.html
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