18 setembro 2007

Bom, o que posso dizer?
As conseqüências (embora as tremas tenham sido banidas, eu insisto) dos atos domenicais foram brutas, mas o preço que se paga por poucas horas de irresponsabilidade são mais embriagantes do que a própria vodca imersa em soda 'Antarctica'. Soa covarde, mas é tão bom fugir do mundo, da sociedade nua e crua, da vida cotidiana.
Ah, eu repetiria, até mesmo com todos os vômitos e todas as tonturas, com os pés machucados de correr no asfalto áspero, tudo, tudo. É tão bom fingir não se importar com as coisas; sentir uma temperatura agradável passeando pela pele, numa sensação inebriante de tontura sutil, aparentemente inofensiva, adocicada; correr e sentir o vento atropelar o seu rosto com delicadeza, ver as estrelas embaçadas bruxulearem e se movimentarem em 'pequenas' distâncias; rir das coisas mais estúpidas que no máximo renderiam um sorriso torto e zombeteiro nos dias de mau humor; ouvir uma boa música abafada atrás de si, liberta por uma porta escancarada; escutar o som do acelerador precipitado; ver sorrisos contagiantes misturando-se nas bocas alheias; vagar sem pressa por pensamentos escorregadios e nem sempre muito bem-vindos, examinando dúvidas, possibilidades, fatos...
E andar? Ah... andar. Nunca flutuei, mas imagino que a sensação deva ser semelhante, levitando a poucos centímetros do chão, vendo o mundo entortar e endireitar como num convés de navio.

A vontade de escrever vazou e foi embora, um dia quem sabe eu termine este texto.

Um comentário:

Unknown disse...

Bom, o que posso dizer?
BRAVO!