23 abril 2011

Such a...

Ho provato di tutto per farti più prossimo di me - avevo anche concluso che ero stata ben riuscita (fino ad un punto).
Crasso sbaglio.
Tutti gli sfoghi, tutte le storie, è tutto stato un monologo tra me ed una statua, in cui tu sei stato solamente una pietra a guardarmi con quegli occhi che traboccano sentimenti umani.
Sì, mi sono risentita. Mi risentì perché non sei stato là mentre avevo bisogno - e neanche quando ti cercavo. Mi risentì di quasi aver dovuto supplicare per trovarti. Mi risentì di esserti sembrata qualcosa che s'era seppellita da tanto tempo (al meno dalla mia parte).
Sono rammaricata per scoprire che è stato tutto una via senza ritorno. Pensavo che tu fossi comportato appositamente, che avevamo segnato un accordo senza parole, che sarebbe stato tutto finito, e pure mi ritorni con quegli auguri ipocriti.
Ho lasciato stare, siccome di ipocrite il mondo è pieno.
Ma come volevo che questi pensieri fossero follie. Non lo sapresti mai.
Anzi, non lo saprai mai.

17 abril 2011

Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida
A se supermodernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar...

15 abril 2011

...che voy hacer, je suis perdu

Ieri mi è venuta una stanchezza incredibile. Come se tutto il mondo fosse diventato più buio, più pesante. Come se il caldo del giorno mi avesse scioglieta, come se i miei muscoli fossero diventati molli come caucciù.
Ma, doppo un test, tutto si è risolto. Il mondo ha ritornato, ruotando a tutta velocità. La birra è diventata più fredda, suo sapore è diventato più forte. Non è stato il test, ma qualcosa ha scoppiettato.


ただいま.

19 março 2011

The moment after.

Arfadas no escuro. Como se olhos fossem se acostumando ao breu, distinguem-se vultos. Dois eram eles.
Ouve-se um lento resfolegar no quarto ao lado - o terceiro ronca.
Um dos respirares acalma-se aos poucos. O outro suga, desesperado, cada vez mais ar.
'Tá tudo bem aí?' pergunta a primeira.
O segundo ofega, chia, angustia.
'Ei, o que houve?'
Ele tenta se sentar, arquejando pesadamente. A primeira se levanta rápida, desajeitada, acende a luz. O corpo nu na luz amarela, a pele sem pelo, os seios pequenos e arrepiados da primeira viagem, o olhar de pânico. O primeiro, do outro lado da cama, de silhueta magra e comprida (mal saída do estirão), convulsa, a arfar frases entrecortadas, ininteligíveis.
'...-binha de As-...'
A primeira veste a camiseta do segundo, caça sua calcinha (acha-a do outro lado do quarto); abre a porta aos trancos e sai.
Pancadas aflitas na porta do quarto ao lado.
'Escuta, tem alguma coisa acontecendo com o seu filho! Ele está asfixiando! (merda, merda!)'
O ressonar pára. Acende-se uma luz por debaixo da porta.
Um sussurro.
'Ai, caralho.'

05 março 2011

kunderismos.

"É, agora eu via isso com clareza: a maioria das pessoas se entrega à miragem de uma dupla crença: acredita na perenidade da memória (dos homens, das coisas, dos atos, das nações) e na possibilidade de reparar (os atos, os erros, os pecados, as injustiças). Uma é tão falsa quanto a outra. A verdade se situa justamente no oposto: tudo será esquecido e nada será reparado. O papel da reparação (tanto pela vingança quanto pelo perdão) será representado pelo esquecimento. Ninguém irá reparar as injustiças cometidas, mas todas as injustiças serão esquecidas."

03 março 2011

Alfama

Lei scendeva le scale in fretta, come se qualcosa la perseguisse, come se la pioggia non potesse più aspettare tra le nuvole grigie, come se i gradini fossero sparire, o forse come se quelle pietre fossero sciogliere sotto i suoi piedi.
Lei correva, e Portogallo singhiozzava.

27 fevereiro 2011

Un po' di notte.

A lua espreitava
vigiava
procurava por qualquer ato que pudesse denunciar seus ânimos.
Mas a frieza lisa das pedras do rio era pesada demais no chacoalhar suave das águas.
Eram impenetráveis;
imperscrutáveis.

17 fevereiro 2011

Não sei mais se o que me escorre é uma lágrima do céu ou um pingo de choro.

13 fevereiro 2011

Mote: Under the stairs.

Depois da morte de meu avô, mudei-me para sua casa. Neto de filha única, e desesperado para sair da casa de minha mãe, convenci-a de não vender o imóvel vazio e me mudei. O pretexto era ótimo – era mais próximo da universidade.
A entrada foi menos triunfal do que planejara. A casa caía aos pedaços, em seu mudo sofrimento – ou nem tão mudo assim. Fechaduras, maçanetas, dobradiças, piso, escada, tudo gemia dolorosamente se tirado do seu coma catatônico. A casa tinha artrite, como tivera meu avô.

As primeiras medidas foram as emergenciais; hidráulica e elétrica entraram nos eixos, e então o dinheiro acabou. As parcas finanças de um pós-graduando não eram suficientes, e o descontentamento de minha mãe com a situação constrangia-me a não pedir dinheiro. Resolvi reformar o resto por conta e risco – mas o resto podia esperar. Fazer uma lavagem cerebral nas lembranças da casa era urgente. Comecei pela sala, subi as escadas – quartos, banheiro –, desci as escadas – cozinha, despensa. Por fim sobrou o vão da escada.

Meu avô costumava passar muito tempo por lá, mas desde que passara a morar sozinho não deixara mais ninguém entrar. Lembro-me de sua fúria no dia em que roubei-lhe as chaves para explorar aquele recanto proibido, que instigava minha curiosidade. O estalo alto da fechadura acordou-o do sono sesteiro; seus safanões me prostraram no chão, e, bufando, ele arrancou-me as chaves e sumiu de vista. Alguns dias mais tarde, tentei abrir com grampos e clips, mas a vida não é tão simples quanto as ficções (televisivas ou literárias) insistem em nos demonstrar – aliás, sequer conheci alguém que tivesse conseguido abrir fechaduras desse jeito. Seja como for, depois de algumas tentativas desisti, e acabei arrajando alguma outra coisa para me ocupar.

Aquela chave nunca mais vi, nem mesmo na minha minuciosa varredura pela casa. Para não estragar a porta tentando arrombá-la, passei quentes horas de uma manhã encarrapitado em um banquinho bambo, tentando desparafusar a maçaneta; os parafusos enferrujados deram-me muito trabalho, mas por fim foram retirados. Cansado da tarefa e desejoso de estimular um pouco mais aquela réstia de curiosidade infantil, não abri a porta – dirigi-me à cozinha, onde abri uma cerveja e deitei-me no chão gasto de cerâmica, para esfriar o corpo. Ali fiquei estatelado, ouvindo o vento roçando coisas e tentando identificar o que seriam – o bochorno era insuportável, provavelmente choveria mais tarde. Adormeci.

Acordei com a chuva. Uma brisa fresca entrava pela janela e o som era manso. Levantei-me, comi qualquer porcaria e fui desvendar o vão da escada. Puxei a porta pelo buraco deixado pela maçaneta – estava emperrada. Puxei-a com mais força – ouvi um barulho seco de madeira sofrendo. Parei; o propósito daquela manhã fora não estragar a porta. Enfiei a mão pelo buraco novamente, tentando distribuir melhor a força em uma área maior – a madeira gemeu e abriu, com um solavanco.
Espiei. Não havia nada à vista, alguns rastros de passos, já meio escondidos por novas camadas de poeira e poucas caixas fechadas, empilhadas em um canto. Peguei-as – eram leves, estavam vazias.

Vazias. E cheias de pó.

09 fevereiro 2011

Gelsomino

Jasmim sempre foi minha flor favorita. Não qualquer um, é claro - mas aquele jasmim debruçado sobre a porta de entrada. O cheiro suave e penetrante, a flor simples, branca, sem rodeios, sem complicações.

Sentada na mureta, sob o jasmineiro, eu observava a noite fresca e sentia a brisa infilar-se cheia de singelos odores pela minha narina. A rua escura e esburacada escondia o vulto, cada vez mais difuso ladeira abaixo.
Ele se esvaía, mas o jasmineiro acolhia. Ternamente.

20 janeiro 2011

Heart-to-heart

I wish I could literally cry my heart out. Maybe, after swallowing, I'd feel things differently. Cold-heartedly would be a good solution... unless I could remain heartless. This certainly would be better - it wouldn't pressure my inside as if it were going to explode.

09 janeiro 2011

Nonsense.

Alice bebia bosta cozida com caroços de damasco (dificílimos de engolir eram eles) enquanto espiava formas fumegando – a fogueira fustigava-as, fazendo-as fumaçarem gases gordurosos (galgavam o grotesco galpão, grudando e gotejando, hediondamente). Há horas Henrique, híspido e hesitante, helenizara o habitat, induzindo indivíduos, imaculados e iludidos, informarem a inteira impossibilidade (inclusive impondo joguetes júnicos), já jubilantemente jactada (jovens Josés jiboiaram, judicaram e jugaram longamente), de levar loucos e lúdicos livros, leigos às lôbregas lidas Licaânicas, aos lascivos libertinos.
Mesmo mordiscando merda modorrentamente, a menina mensurava as módicas modificações modeladas meio à moda megárica.

* Júnicos - relativos à Juno;
* Licaânicas - relativas à Licaão.

30 dezembro 2010

De corpo e alma

Eu nunca tinha pensado o quão profundas coisas aparentemente estúpidas podem ser. A maioria dos animes assistidos por mim - em especial aqueles mais toscos - nunca me levaram a grandes reflexões. E ontem, conversando com outra pessoa, percebi que a lógica a princípio maniqueísta e moralista de alguns animes escondem raciocínios muito concretos - e profundamente embasados na lógica medicinal do Oriente.
Que os humores fisiológicos e o psicológicos se entrelaçam, isso já é aceito como fato por todo o mundo. Agora, o que eu não esperava é a hipótese de que um comportamento usual, um problema mal resolvido, ou uma postura defensiva e fechada pudesse levar ao desenvolvimento de um câncer. É conhecido que Freud tratava distúrbios fisiológicos através da análise, mas, não sei se foi ingenuidade minha, nunca havia levado esse raciocínio ao extremo. Poderia o comportamento de alguém, que nunca fumou nada ao longo da vida, desenvolver um câncer que só aparece em fumantes? Mais do que isso: faria efeito o tratamento se essa postura não se alterasse? Seria necessária análise para que as coisas retornassem aos eixos?
E onde entram os animes nessa história? Livre associação de ideias, provavelmente, dado que não é uma analogia muito boa. Mas os orientais insistem (e eu me lembro especialmente de Inuyasha) na correção das ações e do pensamento para a purificação, e a Shikon no Tama provocava alterações no corpo de pessoas "corrompidas". Enquanto isso, xxxHolic faz o paralelo entre distúrbios psíquicos, as energias emanadas e consequências físicas. Saindo do universo dos animes, a acupuntura insiste no acompanhamento psicológico para a sua prática ter eficácia.
Parando para ponderar sobre esse assunto, elas conclusões parecem meio óbvias. Mas foi um momento epifânico.
E nem sei se essa derivação existe.

07 dezembro 2010

carência = amor ?

01 dezembro 2010

CineMinuto 2

No image.
"It's coming.
It's coming down the mountains, it'll spread through the air, it'll enter your house, your body and soul. It'll laugh at humankind, it'll kill and give birth, and, someday, it'll vanish... Things will remain changed - what about that, huh? - and life will go on.
But it's coming, I'm sure it is".
"But, mate, what is coming?"
Sound of liquid being sucked.
A gasp.
Silence.